Gjør som tusenvis av andre bokelskere
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Seu nome inspirava timidez e eram poucos, pouquíssimos, que se davam ao luxo de não precisar de Romão D`Arruda Coelho. Romão. Ele era dono de tudo que queria, seu dinheiro o fez dono absoluto de terras, escravos e pessoas. A fazenda ¿Filho do Sol ¿, herdada de pai para filho, tinha nome porque o sol morria todos os finais de tarde ali naquela terra, abençoada por Deus e esquecida pelo senhor que havia comprado suas terras férteis, seu açude com grandes cardumes, seu pomar, cujos frutos se estragavam no pé. O Senhor Romão era dono absoluto, se achava dono e guardião do Sol, muitas vezes se dizia dono absoluto do Sol, pois era atrás de suas montanhas que o Sol dormia, para ser acordado com a grande luz. Preferiu fazer o parto sozinho, e o seu filho varão veio ao mundo, tendo como mãe o dinheiro e a luxúria. Seu pai morreu tempos depois de uma doença desconhecida, deixando Romão rico e sem estrutura para tocar os negócios da família. Precisa rezar, pense filho, tenha mais amor no seu coração, dinheiro será sua perdição, seja bom com os outros que apenas o temem. Conheçam o real valor das pessoas para que estas conheçam o seu valor de espírito. O seu dinheiro de nada adiantará diante da sua solidão de espírito. Ninguém veio ao seu socorro, ninguém veio ter com o senhor supremo daquelas terras. Apanhou os cacos diante das botas do seu amo e senhor. A mulher se calou, jamais seria contra o seu senhor. O senhor saiu rumo a vila que para muitos era cidade. Parou com o cavalo diante da porta da igreja. Nesse momento uma moça que entrava na igreja o esbarrava sem querer. Entrou na igreja e não tirou os olhos da moça que se sentia incomodada com tanta insistência de olhar. A missa acabou e a jovem saiu do tumulto das pessoas, deixando Romão sem saber quem era. As pessoas o cumprimentavam, mas a jovem não saia do seu pensamento. Um negro era açoitado diante da praça, pessoas olhavam sem falar nada. Suas lágrimas escorriam e o senhor absoluto assistia e pela primeira vez se penalizou diante das lágrimas de dor da jovem moça. Aquele negro deveria ser de grande estima para a jovem que chorava e pedia por ele.
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