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Em A Relíquia, Eça de Queirós observa as instituições e identifica as causas da decadência de Portugal por meio da sátira. Nesse contexto, Teodorico Raposo representa o burguês oportunista, que se apoia nos valores cristãos para ser admirado por Titi, sua tia solteirona, beata e cruel. Para atender a um desejo dela, vai a Jerusalém buscar uma santa relíquia que cure as doenças e aflições da mulher, para receber sua herança.
Com a morte do pároco da cidade de Leiria, o padre Amaro é designado para o cargo na igreja local e instala-se na casa de S. Joaneira, uma assídua religiosa. Amaro, se encanta com Amélia, filha da hospedeira, e desperta ciúmes no pretendente da jovem. A paixão cresce no antro eclesiástico de Leiria e o padre amaldiçoa o sacerdócio por não permitir que realize os seus desejos.
Eça de Queirós, neste livro, faz uma crítica severa à sociedade lisboeta do século XIX. O autor mostra a lenta deformação do caráter de Luísa, mulher de formação romântica entediada com o casamento, sob o efeito de leituras e músicas sentimentais. Durante uma viagem do marido Jorge, Luísa envolve-se com seu sedutor primo Basílio. Porém, Juliana, a invejosa e vingativa criada, descobre o caso e arma um esquema de chantagem. Muitas emoções e reviravoltas num clássico do realismo português.
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