Om Limitação dos cuidados e fim da vida nos serviços de urgência
No hospital, reconhecer que um doente está em fim de vida e antecipar corretamente o tempo que lhe resta de vida são tarefas difíceis para o pessoal, mas essenciais para uma boa qualidade dos cuidados. Nos serviços de urgência, este problema coloca-se com frequência e complica a organização do trabalho. Se a morte é iminente, o doente é tratado no local. Se não for esse o caso, as regras da medicina de urgência ditam que o doente deve ser transferido para outros serviços hospitalares, muitas vezes relutantes em aceitar doentes moribundos. Apesar das suas semelhanças com os cuidados intensivos, a geriatria e a medicina geral, a medicina de urgência continua a ser uma disciplina específica. A limitação e a retirada terapêutica surgiram nos últimos anos e a sua aplicação a doentes com um prognóstico sem esperança tornou-se prática corrente. O nosso estudo, baseado numa revisão da literatura, examina os aspectos éticos da limitação e descontinuação de terapêuticas activas em medicina de emergência.
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