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O Último Prefeito

Om O Último Prefeito

Em 31 de dezembro de 2001 foram definitivamente eliminadas as prefeituras da Venezuela. As prefeituras eram umas instituições criadas e regulamentadas por uma lei inconstitucional, injusta e imoral: a lei dos vagabundos e dos meliantes. Esta lei conferia aos prefeitos o poder de deter pessoas até setenta e duas horas e de impor a sua detenção por tempo indefinido em colônias especiais, sem qualquer intervenção judicial. Essa lei tinha sido herdada da última ditadura que tinha havido na Venezuela, a do General Marcos Pérez Jiménez. Era uma lei decalcada de outra similar que vigorou em Espanha durante a ditadura do Generalíssimo Francisco Franco. A lei estipulava que todos aqueles que não tivessem um ofício conhecido podiam ser considerados como vagabundos ou meliantes e como tal punidos pelos prefeitos. A lei era também aplicável aos homossexuais. A pesar das suas bases legais e éticas roçarem o absurdo, enquanto a lei se manteve em vigor os prefeitos eram obrigados a cumpri-la, a obedecê-la e a promover ativamente a sua aplicação. Por sorte ou infortúnio, coube-me no destino ser um dos últimos prefeitos. Aqui relembro e relato alguns dos casos mais surpreendentes com que tive de lidar.

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  • Språk:
  • Portugisisk
  • ISBN:
  • 9798215756942
  • Bindende:
  • Paperback
  • Sider:
  • 120
  • Utgitt:
  • 24. august 2023
  • Dimensjoner:
  • 140x7x216 mm.
  • Vekt:
  • 162 g.
  • BLACK NOVEMBER
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Beskrivelse av O Último Prefeito

Em 31 de dezembro de 2001 foram definitivamente eliminadas as prefeituras da Venezuela. As prefeituras eram umas instituições criadas e regulamentadas por uma lei inconstitucional, injusta e imoral: a lei dos vagabundos e dos meliantes. Esta lei conferia aos prefeitos o poder de deter pessoas até setenta e duas horas e de impor a sua detenção por tempo indefinido em colônias especiais, sem qualquer intervenção judicial.
Essa lei tinha sido herdada da última ditadura que tinha havido na Venezuela, a do General Marcos Pérez Jiménez. Era uma lei decalcada de outra similar que vigorou em Espanha durante a ditadura do Generalíssimo Francisco Franco.
A lei estipulava que todos aqueles que não tivessem um ofício conhecido podiam ser considerados como vagabundos ou meliantes e como tal punidos pelos prefeitos. A lei era também aplicável aos homossexuais.
A pesar das suas bases legais e éticas roçarem o absurdo, enquanto a lei se manteve em vigor os prefeitos eram obrigados a cumpri-la, a obedecê-la e a promover ativamente a sua aplicação.
Por sorte ou infortúnio, coube-me no destino ser um dos últimos prefeitos.
Aqui relembro e relato alguns dos casos mais surpreendentes com que tive de lidar.

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